AS ELEIÇÕES DA ASSEMBLEIA TEM MUITAS HISTÓRIAS

Tive a oportunidade de saber e viver várias eleições, na Casa de Joaquim Nabuco.
Duas pelo menos, a primeira foi a do deputado José Ramos, homem sério, sertanejo do Araripe, era o candidato do Palácio ou seja, de Marco Maciel, que era governador. Outro grupo tinha como líderes o ex-governador Moura Cavalcante e o ex-prefeito Antônio Farias, na cabeça da chapa o deputado Almeida Filho.
Marco Maciel, arregimentou sua tropa, que durante a madrugada cassou deputados até baixo da cama, o resultado não podia ser outro, deu José Ramos por um voto.
A outra, aconteceu no período da ditadura militar, o poderoso governador Eraldo Gueiros Leite, veio governar Pernambuco e teve dois candidatos ao senado o ex-governador Paulo Guerra com máquina do PSD e o empresário Wilson de Queiroz campos, os dois ganharam a eleição. Paulo guerra não admitia a proteção que Eraldo Gueiros dava a Wilson, desta forma rompeu com Eraldo no começo do governo.
Na eleição da assembleia, o governador Eraldo Gueiros indicou o nome do deputado Carlos Veras e tudo ia muito bem, até uma audiência pedida ao governador pelo senador Paulo Guerra, onde eles tiveram uma discussão acalorada, a eleição da assembleia estava dois dias. Paulo Guerra, tinha um escritório no edifício Evaristo Valois, onde reuniu seus apoiadores e no outro dia o colunista Sadoque Castelo Branco, trazia em sua coluna o rompimento político de Eraldo Gueiros e Paulo Guerra, que na mesma entrevista lançava o deputado estadual Ênio Pessoa Guerra à Presidência da Assembleia, com o apoio do MDB e dos dissidentes da Arena que passaram a se chamar Arena Rebelde. A eleição varou a madrugada, onde Ênio, ganhou por mais de 6 votos. Histórias da Assembleia.

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