CIDADANIA RECIFENSE

O Recife tem alguns títulos de “cidadão” ou “cidadã”, recifense que foram concedidos, mas que nunca foram entregues, o que demostra que os homenageados não deram muita ou nenhuma importância a honraria aprovada pela câmara de vereadores do Recife. Tem outros tantos, que sem merecimento, receberam aprovação por parte dos vereadores e tem, também, verdadeiros recifenses de coração e de alma que dedicaram suas vidas a nossa cidade, mas que nunca foram lembrados ou reconhecidos. Talvez por não presidirem nenhum partido político.
Penso que a cidadania pressupõe basicamente duas condições, o nascimento no município em discussão ou pessoas que vieram de outras localidades e adotaram a cidade onde se estabeleceram, criaram raízes, viveram e ajudaram essa cidade a melhorar a vida dos seus moradores.
Segundo o regimento interno da câmara municipal do Recife, em um de seus artigos diz que o título de “Cidadã do Recife” ou de “Cidadão do Recife” deve ser destinado a pessoas físicas – brasileiras ou estrangeiras, mas radicadas no Brasil – que tenham comprovadamente prestado relevantes serviços ao município ou à sua gente.
O imerecido título, visto que a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nunca prestou comprovadamente nenhum relevante serviço a cidade do Recife, ou a sua gente, foi proposto pela vereadora Liana Cirne do PT que justifica sua proposta pelos fortes laços políticos e pessoais da parlamentar com a capital pernambucana. “Gleisi esteve pessoalmente na cidade para participar de uma reunião de articulação para as próximas eleições, em razão da importância da capital pernambucana para a política nacional. Durante sua visita, concedeu entrevista coletiva onde expressou apoio ao governo do prefeito do Recife, João Campos (PSB), e a relevância de estreitar a parceria de sucesso em nível nacional entre PT e PSB” e continua, “Gleisi Hoffmann passou o Carnaval de 2024 em Recife e Olinda, participando de festas e blocos tradicionais de nosso Carnaval, como o Galo da Madrugada, Homem da Meia Noite, entre muitas festividades, pelas quais declarou ser apaixonada”.
Imagino que vir ao Recife para participar de reunião política, conceder entrevista e se apaixonar pelo nosso carnaval não é motivo suficiente para a concessão do honroso título de cidadã recifense. Essa honraria só deve ser concedida a quem de fato fizer por onde merecer.
Outro agravante, a meu juízo, é a ligação do partido presidido pela homenageada com práticas pouco recomendáveis, como as denunciadas durante a operação lava jato. Como é de conhecimento público esse partido teve mais de um dos integrantes de sua cúpula denunciados, julgados e apenados. A casa de Jose Mariano deve zelar pelo Recife e homenagear apenas os merecedores e que valorizem a honraria recebida. É assim que penso.

Artigo – Jorge Barbosa – Empresário/Patriota

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